13 de setembro de 2010

...são só garotos...



Mulheres: aprendamos a amar como um homem ama.


Ok, meninas, antes de começarem a me atirar pedras e dizer que estou convocando-nas para sermos tudo contra o qual lutamos e tentamos mudar todos os dias, serei mais específica e espero que vocês me entendam. Ou, pelo menos, que eu seja entendida pelas que já foram de fato amadas por um homem na vida. Falo aqui da ação amar - esqueça circunstâncias, orgulhos, caráter, e outros eventos-obstáculos.

É claro que não podemos dizer que todos os homens amam da mesma forma. Para não correr o risco de generalizar, não quero me aprofundar sobre o comportamento, que é individual e depende de zilhões de outras experiências externas.

Pra simplificar, vou dar um exemplo com que provavelmente as mulheres se identificarão: desde a nossa infância, cultivamos um "amor". Já na adolescência, somos afobadas e amamos, 1, 2, 3 garotos - quando não são mais de um ao mesmo tempo. Eu mesma me recordo de, ao longo do meu tempo de primário e ginásio, ter "amado" uns 4 menininhos. Eles foram o centro das minhas "preocupações" durante o ano letivo e seus nomes povoaram o interior de centenas de corações desenhados nas folhas dos meus cadernos. 

Bem, já com os meninos, a coisa costuma ser diferente. Garota nem pensar - ecow! Há sim, entre eles, algumas exceções que "gostam" de uma garotinha - mas ela não é, definitivamente, a sua maior preocupação. A competitividade típica masculina já é visível, porém, nessa fase, ela se restringe aos esportes e às brincadeiras, e ainda não penetrou no campo sexual ou sentimental, mesmo porque eles ainda mal existem. Há que se levar em conta também as pequenas "musas", aquelas pelas quais todos são supostamente apaixonados. Geralmente, elas são muito belas, mas muito provavelmente os garotos terão por ela um fascínio mais pelo fato de elas serem intocáveis do que por propriamente amá-las.

E é aí que começa nosso aprendizado com nossos hominhos. "Ai, aprender com o que, com a indiferença deles para com as mulheres?" Não. Girls, nós crescemos querendo nos apaixonar. Me lembro de um pequeno período durante a minha oitava série em que não estava a fim de nenhum garoto e isso me causou um tremendo vazio. Precisava de alguém para amar, ainda que platonicamente (na verdade, como foram todas as outras vezes..rs). Essa necessidade faz com que nós, mulheres, vivamos "amando" alguém(s).

Um homem, quando ama, não é corriqueiramente. Geralmente, ele foge disso. Mas, quando não consegue fugir, é que surge a beleza que o amor de mulher não tem. Ele vem como magia, e não decorrente de carência (lembre-se novamente - estou falando de amor e não de sexo outra coisa). Amor de homem tem uma coisa de 'exclusividade' difícil de encontrar entre o amor da mulherada.

O homem quando ama, se entrega a ponto de não conseguir esconder. O cara que ama, quando vai falar sobre a mulher amada, é assunto sagrado. Exclusivo para os mais chegados. Fica guardado no pedestal dos assuntos. Ah...e ele odeia fazer isso, mas quando ele ama, não consegue segurar as lágrimas quando precisa chorar por amor - ainda que escondido.

Amando, ele é genuíno. Despe-se daquela capa de rigidez e blindagem anti-romantismo e retorna para a sua natureza mais pura, tornando-se menino novamente. Como todo menino, não sabe mentir, enquanto nós, mulheres, enchemos a boca e nos gabamos por isso, como se tivéssemos o dom de ludibriar que eles nunca terão, um trunfo que pode ser usado como arma contra qualquer atitude que mereça uma vingança.

Como todo menino, ele também será imaturo muitas vezes. Porém, se ele não amasse, não se tornaria um garoto. Se não se tornasse um garoto, não seria imaturo. E imaturidade irrita, torna discussões infinitas, mas infelizmente vem tudo no mesmo pacote. A TPM está para a mulher assim como os ataques de imaturidade estão para o homem. Acostumemo-nos....

Uma natureza impossível de ser escondida deveria servir de exemplo para as mulheres serem mais elas mesmas na hora de se relacionarem com alguém. Deixar que o outro descubra a sua essência em vez de se criar uma nova falsa essência a cada experiência amorosa. Se descobrir e saber, então, quando é amor.

Assisti hoje pela segunda vez o longa "500 dias com Ela" (500 days of Summer). Se você gostou desse texto e ainda não assistiu esse filme, você DEVE assitir.Mesmo que não tenha gostado do texto, assista. Faz pensar.


2 comentários:

  1. Nossa, me identifiquei demais com o que disse. É a real, homem quando ama sei lá, é diferente mesmo. Pena que sejam tão imaturos. Já assisti o filme e hoje estou na fase "fugindo de amor" ahaha é difícil mas não é impossível. Beijos, adorei o blog. - seguindo!

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  2. Matou a pau no texto ... E posso concordar em número, gênero e grau, pois por experiência própria me vejo neste seguinte momento amando (e de verdade) e é como realmente me sinto, um menino, desprovido de maldade com um pensamento que de tão puro em relação a outro alguém(ELA), me faz crer que sou um novo ser . GRAÇAS A DEUS , já era hora !!! rs

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