23 de janeiro de 2010

Nos relacionamentos anteriores aprendi...


Por que eu não me amei. E porque isso trouxe consequências diretas pras pessoas com quem eu estive, e eu diria que mais ainda do que pra mim.

Parece difícil entender, mas vou tentar explicar. Noutro dia, conversava com meu irmão sobre o porquê de algumas pessoas (0/) insistirem tanto em relações desgastantes, o porquê de persistirem naquilo fosse uma obrigação, como se fossem obrigados a passar por tanta apurrinhação. Em namoros anteriores, quando me perguntavam "por que você ainda está com ele?", a minha desculpa de sempre era "nós já conversamos sobre isso e ele disse que vai procurar mudar" ou "eu também tenho culpa nisso", ou ainda "ele já está bem melhor nesse sentido, no passado ele fazia de tal jeito...". E não é que assim eu me enganava direitinho? Ou fingia que me enganava...enfim...o que fosse, tudo era uma grande crueldade minha comigo mesma.

Por quê será que muitas vezes, em assuntos do coração, não seguimos a lógica mais simples da vida que é, "não tá bom, não tá legal, então sai dessa". Né? Se estamos sentados em um lugar q tá incômodo, levanta e muda de lugar. Tá muito calor? Aumenta o ar condicionado. Não tem nada na TV interessante? Desliga. Simples assim. Agora, o namoro não tá legal? Termina. É claro que todo casal briga, tem suas discussões e desentendimentos. Mas mamãe sempre disse que temos que pensar como uma balança, que pesa os pontos positivos e negativos da relação. Se os positivos pesarem mais, vale a pena, se os negativos sobressaírem, para por aí. Simples também? Não, para mim não é tão simples assim. Na minha opinião, pra dar um ponto final tem que SE AMAR MUITO. Pensar só em você, no seu bem-estar e ignorar completamente os fatores externos, como o tempo do relacionamento, o costume com a pessoa, o trabalho que vai dar de voltar a ser solteiro(a), é claro, a outra metade do casal. Abstrair completamente a reação do seu companheiro e resolver o negócio, você com você. Isso, isso é que é o negócio. Resolver ser feliz. Mas pra você resolver ser feliz, primeiro tem que reconhecer que está infeliz!

Eu pensava que mulher que não se amava era a chamada "mulher de malandro", que leva porrada, sofre agressão física e verbal, é humilhada, chifrada, essas coisas. Mas só hoje vejo que ter insistido no que eu JÁ SABIA que dificilmente teria um futuro também foi um ato de falta de amor próprio. Eu não precisava passar por nada daquilo. Nem o outro precisava. Mas, como tudo na vida, eu tenho uma mania chata que é deixar tudo pra última hora, de levar tudo até a última conseqûencia, até não poder mais protelar. Sou assim com prazos, sou assim com promessas, e no final, é claro, as coisas nunca saem como o esperado. Com relacionamento, acho que sou assim também. O saldo final nunca passou perto do que é o esperado.

E, voltando ao início do post, o motivo pelo qual a falta de amor próprio foi pior ainda pra quem eu estive do que pra mim mesma...bem, concluí que, enquanto não me amava, não podia o amar também, porque, uma vez que mentia pra mim mesma, mentia pra ele também. E porque, quando eu descobri a verdade sobre mim e resolvi parar de me iludir com minhas próprias desculpas, não tive coragem lhe dizer, e ele permaneceu enganado. Não dava mais tempo de amá-lo o suficiente pra dizer toda a verdade. Não dava mais pra voltar atrás e dizer que aquilo que a gente tinha poderia ser tudo, menos amor. Que eu perdi todo o meu tempo e fiz ele perder o dele também. Ali, a única coisa a fazer era dar um ponto final, respirar fundo e seguir em frente. Eu, consciente dos meus sentimentos. Ele, perdidinho da silva sem entender nada.

Não estou me culpando por tudo o que aconteceu de ruim na minha vida amorosa, e sim questionando a minha postura diante das inúmeras dificuldades que surgiram...se elas existiam e desgastavam, poderia ter sido mais assertiva, menos covarde e...ter tido um pouco mais de amor próprio. Assim, evitaria o meu desgaste, o sofrimento do outro e até algumas ruguinhas. Hoje entendo que, acima de tudo, é preciso se amar e valorizar a própria felicidade! Porque só assim é verdadeiramente possível reverter esse amor pra pessoa com quem você está junto.



Obs: Gu, eu ME amo muito! :)))


Beijos e até a próxima (sabe lá quando será!)

7 de janeiro de 2010

All you need is love. Love is all you need.

Que em 2010, nós possamos aprender a ter apego somente ao que realmente transforma: o amor pelo próximo.



Nos últimos dias, enquanto vou para o trabalho de ônibus, tenho aproveitado esse momento ou para tirar um cochilo, ou para ir pensando na vida. Hoje, escolhi pensar e, não me lembro por qual motivo, me veio à cabeça a questão APEGO. Comecei a pensar nas coisas pelas quais me sentia apegada, e a única coisa que consegui pensar foi na minha sobrancelha - uma coisa que realmente me incomoda é estar com ela por fazer, não tem jeito. É uma futilidade importante pra mim. De resto, na boa, não consegui enumerar mais nada. Nenhuma COISA que, se eu não tivesse, me tornaria infeliz. Não posso negar que, na minha atual conjuntura, um pouco mais de dinheiro me faria um pouco mais feliz, pois significaria contas pagas e o fim de algumas preocupações...

Em contrapartida, foi mais fácil responder a mim mesma, na lata: sou apegada, sim, às pessoas que eu amo. Não quero nem de longe parecer a madre Teresa de Calcutá, ou aquela que "ama acima de tudo", "faz o bem sem olhar a quem", ou algo do gênero. Mas quero compartilhar aqui que isso me deixou feliz, uma vez que percebi que o amor - ainda, e espero sempre - é a coisa mais importante na minha vida. Comentei recentemente com um amigo que o ano de 2009 foi o meu ano de azar no jogo e sorte no amor, which means, ao mesmo tempo que a grana foi curta, eu recebi muito, muito amor. E que coisa boa é você sentir isso e retribuir todo esse amor de volta.

Muitas pessoas questionam o mandamento bíblico "Amar o próximo como a ti mesmo", argumentando com frases do tipo "Como vou amar alguém que acabei de conhecer?" ou, "Como amar um assassino ardiloso?". As respostas a essas perguntas, eu também não as tenho. Mas de uma coisa estou certa: a maioria das pessoas que nos parecem desprovidas de bons sentimentos não receberam nem vivenciaram o amor, não o conheceram durante toda a vida. E esse amor a que me refiro é aquele verdadeiro - o de um pai, uma mãe, um irmão ou um amigo de infância. O amor incondicional, isento de possíveis interesses, ou inveja, ou qualquer coisa que remeta a sentimentos ruins que em nada se assemelham ao puro e verdadeiro amor. Isento até do vazio que pode existir no coração de alguém. Um amor verdadeiro por alguém faz você se alegrar com o sucesso do outro e isso te enche orgulho também. Esse amor faz você ter a certeza de que nunca estará sozinho em ocasião alguma. E esse amor vai mostrar a você que, se forçar o seu coração a ficar longe dessa pessoa, por uma mágoa qualquer, você vai apertá-lo de tal forma que isso vai te fazer chorar, e então você saberá que não era para ser assim. Receber amor é o maior presente que alguém pode receber. Não ter isso, na minha opinião, é a maior tristeza que alguém pode ter.

Penso que amar, amaaar mesmo alguém que você não conhece ou julga desmerecedor de receber amor, não é realmente uma tarefa fácil. Mas compadecer-se da tristeza daquele que nunca viveu de perto o amor não é coisa difícil de se fazer. E isto pode ser o primeiro passo para começar a amar este indivíduo! Então, não guarde para você toda a bênção que Deus te deu, que é ter a capacidade infinita de amar...isto não vai te cansar, ou te dar a dor de cabeça de ter que distribuir um pouquinho para cada pessoa: quando você o divide, na verdade o multiplica. É um bem gratuito e faz bem pra alma. É transformador e é lindo.

Para encerrar, deixo aqui o famoso e inspirador capítulo 13 da primeira epístola do apóstolo Paulo aos Coríntios, a coisa mais linda sobre o amor...

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor."


Beijos e feliz 2010 para todos!!


P.S. Primeiro post pieeegas, eu sei. Mas esse pensamento foi o que motivou a fazer um blog de uma vez. Precisava compartilhar!!